HIPERLOTAÇÃO! Deixando de lado uma possível má-fé, no mínimo a Fundição Progresso superestima a sua capacidade de público. Nos poleiros (eu não chamaria aquilo de arquibancadas) não havia muito mais espaço, pelo menos não espaço no sentido humano do termo. Um pouco mais de gente e já seríamos reduzidos à condição de gado. Como na pista! Não caberia mais um fio de cabelo lá embaixo.
O show começa e você vê a massa oscilando como se fosse um balde de óleo denso. Já na segunda música, o show é interrompido pela organização, que vai ao microfone avisar que a barreira de contenção estava cedendo, e pedem a colaboração do público. A resposta é uma sonora vaia. Vaiar quem, cara pálida? Se houvesse alguma tragédia, não iam culpar a organização por não se preocupar com a segurança? E quando se preocupam, levam vaia?! Resultado: o show é interrompido por alguns minutos. BEM FEITO!!
Eles são obrigados a utilizar aqueles malões de equipamento pra escorar a grade. A maior de todas, bem no meio, que acaba servindo de passarela pro vocalista chegar até o gado... digo, público.
O som, ruim, lembrou-me do antigo Circo Voador (o novo não, esse tem boa acústica). Ainda tem gente que acha que som alto é sinônimo de som bom. Eu descreveria a Fundição como um caixotão de sapato em pé, com zero de acústica. Teto de zinco! Eu não sei as propriedades acústicas do zinco, mas não me parece muito adequado, muita distorção, muita reverberação. Mas sei das propriedades do material pra criar um efeito estufa. Imaginem um lugar superlotado e abafado, no dia mais quente da estação!
Nas músicas mais pesadas, tudo se igualava num grande esporro sem nexo, de doer os ouvidos. Ok, eu sei que não dá pra ir a um show esperando ESCUTAR música. É mais um grande momento tribal de êxtase e catarse. Mas nessas horas nem dava pra classificar o som de ruim, pois pouco se diferenciava de uma britadeira, e não era culpa da banda. Tudo bem que esse limbo sonoro era momentâneo, mas eu me pergunto: não dava pra evitar?
Os únicos instrumentos que se destacavam eram a bateria e os teclados, e a voz de Alex, mas não o tempo todo. Falaram tanto do som baixo no show do U2, mas no Morumbi tava MUITO MELHOR!!
Depois que você desembolsa 110 reais, é natural se tornar um consumidor exigente. Então, vá lá, o show foi bacana, muita empolgação, os caras são legais, tocam muito bem (ainda que não tenha podido apreciar muito essa característica). Houve momentos verdadeiramente apoteótico, como em Take me out, 40 e This Fire.
Não deixou de prejudicar uma certa competição, por parte da platéia, que queria igualar ou superar a performance no show do Circo Voador, em fevereiro. Alguém tem que explicar pra essas pessoas que momentos mágicos simplesmente acontecem. Eles não podem ser fabricados ou repetidos, ou mesmo revividos. Aí já não é mais mágica, é truque!
Por Flávio Maurício Andrade
O show começa e você vê a massa oscilando como se fosse um balde de óleo denso. Já na segunda música, o show é interrompido pela organização, que vai ao microfone avisar que a barreira de contenção estava cedendo, e pedem a colaboração do público. A resposta é uma sonora vaia. Vaiar quem, cara pálida? Se houvesse alguma tragédia, não iam culpar a organização por não se preocupar com a segurança? E quando se preocupam, levam vaia?! Resultado: o show é interrompido por alguns minutos. BEM FEITO!!
Eles são obrigados a utilizar aqueles malões de equipamento pra escorar a grade. A maior de todas, bem no meio, que acaba servindo de passarela pro vocalista chegar até o gado... digo, público.
O som, ruim, lembrou-me do antigo Circo Voador (o novo não, esse tem boa acústica). Ainda tem gente que acha que som alto é sinônimo de som bom. Eu descreveria a Fundição como um caixotão de sapato em pé, com zero de acústica. Teto de zinco! Eu não sei as propriedades acústicas do zinco, mas não me parece muito adequado, muita distorção, muita reverberação. Mas sei das propriedades do material pra criar um efeito estufa. Imaginem um lugar superlotado e abafado, no dia mais quente da estação!
Nas músicas mais pesadas, tudo se igualava num grande esporro sem nexo, de doer os ouvidos. Ok, eu sei que não dá pra ir a um show esperando ESCUTAR música. É mais um grande momento tribal de êxtase e catarse. Mas nessas horas nem dava pra classificar o som de ruim, pois pouco se diferenciava de uma britadeira, e não era culpa da banda. Tudo bem que esse limbo sonoro era momentâneo, mas eu me pergunto: não dava pra evitar?
Os únicos instrumentos que se destacavam eram a bateria e os teclados, e a voz de Alex, mas não o tempo todo. Falaram tanto do som baixo no show do U2, mas no Morumbi tava MUITO MELHOR!!
Depois que você desembolsa 110 reais, é natural se tornar um consumidor exigente. Então, vá lá, o show foi bacana, muita empolgação, os caras são legais, tocam muito bem (ainda que não tenha podido apreciar muito essa característica). Houve momentos verdadeiramente apoteótico, como em Take me out, 40 e This Fire.
Não deixou de prejudicar uma certa competição, por parte da platéia, que queria igualar ou superar a performance no show do Circo Voador, em fevereiro. Alguém tem que explicar pra essas pessoas que momentos mágicos simplesmente acontecem. Eles não podem ser fabricados ou repetidos, ou mesmo revividos. Aí já não é mais mágica, é truque!
Por Flávio Maurício Andrade
Foto por Leonardo Aversa
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