11.4.07

PLAY 444
FOO FIGHTERS - Skin and Bones XXXX

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Comprei o disco novo do Foo Fighters um mês antes do DVD (que demorou séculos pra chegar nas lojas). Confesso que nem estava tão empolgado assim, porque esse negócio de acústico já encheu o saco. Mas, caceta…era Foo Fighters…

Cheguei no carro e botei o disco pra rodar.

Nas 3 ou 4 primeiras audições do disco, não tive grandes surpresas. Um set list até diferente do habitual, mas aquela coisinha insossa que reina nos acústicos. Foo Fighters sem pressão? Dave Grohl quase sem suas gritarias? Parecia uma banda cover e medíocre, tocando algumas de minhas músicas preferidas.

Mesmo assim, há duas semanas atrás, resolvi comprar o DVD. Diferente do que costuma acontecer (principalmente com minhas bandas preferidas), dessa vez levei uma semana pra abrir a embalagem.

A diferença entre o que se ouve e o que se vê (nesse caso) é absurda. “Skin And Bones” é emocionante do começo ao fim.

A escolha das músicas faz todo sentido. Os músicos convidados integraram-se de forma espetacular. Dave Grohl mostra toda a sua capacidade como músico, cantor e como “entretainer”. Suas diversas intervenções (bizarramente cortadas no disco) levam a platéia ao delírio.

O que eu acho mais bacana nessa banda, não é a técnica. O que vale a minha consideração como a melhor banda de rock dos últimos 10 anos é a energia que esses caras levam para o palco. O Foo Fighters é um quarteto vigoroso – e que tem um líder genial e criativo, que achou a fórmula do sucesso em riffs, melodias e letras perfeitas. Está tudo lá em SKIN & BONES.

A capacidade de renovação que eles possuem também é muito importante, para manter a banda na crista da onda. Eles realmente não se tornam cansativos, mesmo depois de 7 discos (fato raríssimo no panorama atual). Ao contrário da grande maioria das bandas da atualidade, o segundo disco foi melhor que o primeiro.

A atitude também conta. Eles não assumem um papel de estrelas inacessíveis, xiliquentas e mau humoradas. Dave Grohl passa a maior parte do show tirando sarro com os seus companheiros e com a platéia.

Todos os integrantes também possuem projetos paralelos – o que preserva o clima divertido entre todos, mesmo depois de tantos anos. Aliás…na minha opinião, o disco do baterista é um dos melhores de 2006 (Taylor Hawkins & The Coattail Riders).

Vida longa ao Foo Fighters!

Leo Cabonel

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