PAPA ROACH - Paramour Sessions XXXX
Receita para gostar desse disco:
Esqueça o nome da banda. Isso serve para os críticos e para os fãs.
O Papa Roach nunca agradou muito os nossos jornalistas. Mesmo sendo, na minha humilde opinião, melhores que 80% dessas bandas do New Metal. E os fãs, sempre gostaram deles, exatamente por estarem englobados nesse estilo, considerado por mim como fúnebre. Fúnebre, porque daquela leva de bandas que surgiram na tal época da febre New Metal (ou Nu metal, Metal Adidas), o Korn ainda é o único a seguir fazendo a mesma coisa com um certo respeito e nome.
Mas seria o Korn o único sobrevivente dessa galera? Lógico que não. Quem tentou mudar de estilo, sobreviveu. Caso de System of a Down - que fez uma mistureba sonora de qualidade - e Incubus, que caiu no Rock Pop com progressivices. As outras bandas, vão se deteriorando com o tempo, e sumindo aos poucos.
Mas e o Papa Roach?
No disco anterior, o Papa Roach já mostrava uma vontade em cair no Rock. Deixar o lado chato desse estilo cansativo. O que torceu o bico de muitos fãs.
Por isso, esqueça o nome da banda que lança Paramour Session. Pois aqui não há nada daquele Papa Roach que você conheceu no Rock in Rio 3.
Aqui tem um Rock and Roll clássico com uma caída para o Hard Rock. Em algumas músicas chega a lembrar o Skid Row. O vocalista Coby Dick que antes ficava só fraseando, hoje canta de verdade. E canta muito bem por sinal. As letras não falam mais da infância sofrida, elas falam de amor, perda e conquista.
O Papa Roach corre o risco de perder alguns fãs com esse álbum, mas ganharão outros. A banda modifica o som e quem ouve também. No fim do disco, vem uma faixa bônus. É a versão ao vivo de "Scars" - registrada no show de Chicago que saiu em DVD no ano passado.
E muita gente vai gostar. Eu gostei.
Grande disco.
Destaques para: "Alive", "Fire", "I Devise My Own Demise" e "No More Secrets".
Bruno Eduardo
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