TRAVIS – The Boy With No Name XXX
Eu costumo brincar entre os amigos que o Travis é a banda que o Coldplay sempre quis ser mas nunca conseguiu. Brincadeiras a parte, acredito bastante nessa premissa. Tudo que a banda de Chris Martin inventa de fazer, a banda de Fran Healy faz melhor. Sei que essa é uma maneira meio sensacionalista para começar uma resenha, mas foi isso que veio a cabeça quando ouvi “The Boy With No Name”, 5º quinto álbum do quarteto escocês, lançado esse ano.
O disco em questão dá uma revigorada e tanto no trabalho da banda depois do último trabalho “12 Memories”, que parecia mais um amontoado de idéias e lados b, bem abaixo da média. Cabe lembrar aqui que Fran Healy (vocal e guitarra), Andy Dunlop (guitarras), Doug Payne (baixo) e Neil Primrose (drums), foram responsáveis por canções do nível de Sing e Turn, além de um belíssimo disco intitulado “The Man Who” em 1999.
“The Boy With No Name” chega para botar o trem nos trilhos novamente e mostrar o que o Travis sabe fazer muito bem. O que seria? Canções com forte apelo pop, passeando entre o rock dos anos 60 e britpop dos 90, formando pequenos rocks e belas baladas em que os violões são a peça chave, deixando a suíte preparada para letras sobre amor, desilusão, esperança e paixões perdidas.
Pode passear pelas canções e deixar se levar por faixas como Selfish Jean, Closer, My Eyes, Colder, Big Chair ou Eyes Wide Open. E você vai repetindo o disco, repetindo, repetindo. Até a faixa escondida depois de New Amsterdam, que fecha a conta é bem legal. Chris Martin mais uma vez vai se morder de inveja, pois quando se trata de canções sentimentais, com violões e aquele clima de melancolia espalhado no ar o Travis mostra que ainda é o melhor produto existente no mercado.
Adriano Mello Costa
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