23.7.07

O ROCK AND ROLL DOS ANOS 2000

Quais são suas bandas prediletas de rock?


Responder essa pergunta era fácil há uns dez, quinze anos. Alguns poderiam cravar um nome de fé, outros poderiam se dividir em até três bandas. Muitos poderiam até admitir que gostavam mesmo de Dire Straits. Mas, e hoje? Você pode afirmar qual a sua banda predileta de rock? A cada dia fica mais difícil responder a uma pergunta como essa. Onde foram parar Oasis, Red Hot, U2, REM, Wilco? São quase música de trintões comportados, ou aqueles sons que conhecemos futucando os discos do irmão mais velho.

O rock´n´roll do século 21 se mostrou numa coisa extremamente urgente, imediata, que exige muita informação, mas que, paradoxalmente, pode ser igualmente consumido pelo mais ignorante ser. O rock às antigas, que ultimamente foi praticado por algumas bandas citadas acima, já não é mais compatível com os padrões ditados pela mídia.

É mais ou menos a mesma coisa com os eletrodomésticos que você compra. Antigamente se adquiria uma televisão que durasse o máximo de tempo possível. Hoje, a própria televisão é fabricada com o intuito de durar quatro, cinco anos. Depois, claro, você compra outra. Quem tem aquela velha e boa televisão fiel e funcionando mais de uma década está, diríamos, fora de contexto.

Com o rock acontece um processo semelhante. As bandas não são mais projetadas para a posteridade. Talvez o cânone do rock na música popular da Terra já tenha sido devidamente preenchido. Lá estão bandas que surgiram até, no máximo, o meio dos anos 90. De lá pra cá nada de novo foi feito.

Muitas coisas novas surgiram, mas não passaram de novas maneiras de fazer as mesmas músicas. Se a urgência parece ser uma premissa pra rock bands ao redor do mundo e, mais importante, se tudo isso for aceito sem problemas pelo ouvinte, é bem verdade que ele poderá se esbaldar ao som de milhares de bandas novas. Elas surgem a cada dia e estão sendo cada vez mais "audíveis", graças à propagação mais democrática da informação sobre elas.

É louvável que estejamos falando aqui de bandas muito recentes no primeiro mundo, que chegam ao mercado após um EP lançado na internet. Dentro deste contexto, claro, há os melhores e os piores. Curiosamente, a tendência de seleção de relevância das bandas "one way" é através de quão respeitáveis historicamente são suas influências.
Aquelas que têm influências mais interessantes e, digamos, antigas, são privilegiadas.

Daí o revival do garage rock (a mais primária expressão do estilo) e não do progressivo, por exemplo. E no meio de coisas meia-boca dá pra encontrar formações como Libertines, Rapture, Kings Of Leon, Strokes, Coral, Elefant, Radio 4, Interpol e... White Stripes.

Muitas pessoas perguntam para quem gosta de rock se ele está morto. Ou pior, anunciam sua morte todo dia, por todos os tipos de causas. Entre as naturais, estão a falta de criatividade, a incapacidade em se renovar ou manter-se relevante. Na verdade, o rock nasceu para ser uma diversão.

A moralidade tacanha da época do nascimento, os anos 50, conferiu a este desejo primevo de diversão um tom de desafio e contestação. O rock era uma tentativa terminal de combate ao tédio. Esbarrou no conservadorismo de um mundo estranho e paranóico e nunca mais foi o mesmo. O rock passou a ter uma "finalidade" dentro da sociedade, a de ser relevante. Afinal de contas, qual era o sentido de apenas se divertir?

A ironia da história não ceifou do rock a sua essência. Ao longo de sua trajetória, várias bandas surgiram com a missão de apenas divertir e se divertir. Kiss, Ramones, Troggs, entre outros, foram bandas de esporro, bebedeira e diversão. Queridas do povo, odiadas por aqueles que cobravam a tal relevância comportamental do rock, as bandas que surgiam das garagens do mundo acabaram prevalecendo sobre os conceitos cabeções que foram impostos. O punk ensinou isso.

E hoje, 2007, se há alguma novidade no rock é justamente a existência de bandas que resgatam essa coisa de apenas ouvir, pular, dançar e ir pra casa feliz. O que mudou foi o mundo. Enquanto isso era um pretexto para ser deserdado nos anos 60, o fã de rock de hoje é alimentado diuturnamente com mensagens subliminares incitando-o à diversão e ao consumo de artistas e bandas que fazem rock primitivo, barulhento e algumas vezes, bom.

Carlos Eduardo Lima.


As jóias da nova geração

SYSEM OF A DOWN – No início da década, o mundo caiu de joelhos para o SOAD. A acidez de suas letras, em qual o alvo principal era o governo americano, untado ao ecletismo pesado de sua música, fez do System of a Down, a maior novidade do rock pesado nos últimos 10 anos. Lógico que a qualidade dos músicos não pode ser isenta ao sucesso deles, mas a atitude da banda, foi o diferencial para o grande estouro. A forma descolada de ser, junto com o sarcasmo espiritual de sua imagem/música, os transformou, numa referência para uma juventude “mais esperta”.


Baixe essas: Chop Suey, Aerials, Toxicity, BYOB, Boom, Hypnotize e Spiders.


QUEENS OF THE STONE AGE – Mesmo não tendo um potencial radiofônico, como os outros ícones desta década, o QOTSA se tornou uma unanimidade na praça. Com uma regularidade de fazer inveja, o grupo liderado pelo competente Josh, já virou moda em adjetivos positivos. O seu rock clássico, sujo, direto e quadrado, vai agradando sem fazer firulas. Tudo mudou para banda, quando eles lançaram o segundo disco, Rated R, que continha o hino “feels good hit of the summer”. A consagração foi dada, quando Dave Ghrol se juntou ao trio e gravou a bateria daquele, que é para muitos, um dos melhores discos de rock da década, Song For The Deaf. Hoje eles atuam no primeiro time do rock mundial.



Baixe Essas: No One Knows , Go With the Flow, Little Sister, Feel good hit of the summer.


THE STROKES – Superestimados desde o álbum de estréia, o Strokes se tornou os queridinhos da nova geração. A competência comercial deles, com o carisma do grupo fez com que o rock voltasse a ter um representante junto à garotada. Músicas que abalaram o verão, como Last Nite ou 12:51, deram ao strokes, a simpatia da crítica, que vivem os incluindo em todas as listas de melhores do ano.


Baixe essas:
Last Nite
12:51
Hard to Explain
Juicebox
Heart in a Cage


THE WHITE STRIPES – Para a maioria das bandas, adicionar algum integrante ou elemento em sua música, é providencial para buscar alguma originalidade. No caso do The White Stripes, foi o inverso. Eles decidiram abolir o baixo e apostaram na fórmula guitarra/bateria e alguma inclusão de teclados circunstancialmente. Lógico que o resultado não agrada a gregos e troianos, mas eles conseguiram cravar o nome da banda, no primeiro time do rock desta década. Todo esse sucesso é 90% designado ao talento do guitarrista/vocalista Jack White, que trouxe consigo as raízes do rock, embebedadas pela influência violenta de um dos pilares do rock, o lendário Led Zeppelin.

Baixe Essas: Seven Nation Army e The Hardest Button to Button



THE KILLERS – Resgatando o rock dançante, com teclados e sintetizadores, o Killers, conseguiu trazer de volta aquele estigma de que o rock and roll ainda poderia ser jogado nas pistas de dança. O sucesso explosivo de “Somebody Told me”, tirado do excelente disco de estréia do grupo, Hot Fuss, fez com que muitos vissem o The Killers como a nova sensação do rock. Não era por menos, o som era de qualidade e o carisma do vocalista Brandon Flowers, trouxe a tietagem aos pés do quarteto.

Baixe Essas:

Somebody Told me
Bones
Jenny was a friend of mine



Bruno Eduardo

19.7.07

PLAY 444
QUEENS OF THE STONE AGE - Era Vulgaris XXXXX

Sujo, sujo, Era Vulgaris. É a palavra que melhor descreve este álbum. Palavras que, acreditem, foram difíceis de encontrar para o descrever.

A distorção é a imagem de marca, ferrugenta e difusa. Mais ainda que nos outros registros (se é que isso é possível) além de que agora está em todos os instrumentos e a toda a hora!

A distorção leva-nos aos solos... E que solos! Verdadeiras sinfonias de desafinação psicodélica, incrível como é possível encaixar tamanha barbaridade sônica numa música e soar tão bem!

A voz, por seu lado, é letárgica. Ainda assim a música tem batida e é completamente compatível com um qualquer pezinho de dança sexy. E o rock vai sendo dançado, cuspido, ejaculado, cheio de poeira e óleo. Riffs repetitivos e completamente viciantes. Baixo cheio, guitarras maquinais. Negro e arrastado em partes, mas sempre duro como um murro no estômago.

E isto dura, e dura. Não precisa de pilhas! Estes senhores de barba rija não se cansam de mostrar aos "meninos" como é que se faz rock a sério. Provavelmente o melhor álbum da banda, com certeza um dos melhores do ano!

A teoria musical com as favas é impossível passar para o papel o que vai neste disco.

Não diria que não há palavras, mas as que há são poucas. BRUTAL!

Faz o seguinte, ouça Misfit Love, 3s & 7s e Sick, sick, sick. Isso, só para começar.

Skiny Man
PLAY 444
THE WHITE STRIPES - Icky Thump XXXXX

Confesso que nunca fui um grande fã do White Stripes, mas fui pego de surpresa ao ouvir ICKY THUMP.

Cheguei a dizer para colegas de outras publicações que este talvez fosse o melhor disco de 2007. E há na mídia rockeira, uma única certeza sobre essa questão. Com alguns correndo por fora, o combate final deverá ficar entre este Icky Thump, e o filho novo do Queens of the Stone age, Era Vulgaris.

Era Vulgaris do QOTSA é um grande disco, mas não surpreenderá ninguém (no bom sentido, lógico). Os caras mantém uma regularidade invejável. E eu sempre fui fã de Josh e cia, considero a banda, como os melhores de rock da atualidade. Por isso mesmo, a chance de receber de mim o troféu de "Disco do Ano" era aposta alta e quase certa.

Só que eu mesmo, fui pego de surpresa numa audição sem muito compromisso de Icky Thump. Muitos falaram que Jack só fazia rock de bom gosto no Raconteurs, mas Icky thump é extremamente superior ao trabalho "solo" do guitarrista/vocalista.

Aqui há o tal rock and roll, procurado há algumas décadas. A comparação com Led Zeppelin é inevitável, mesmo que também, injustíssima e vergonhosa. Mas tanto o timbre de voz, como os riffs de guitarra, faz que o "Zepelim" desça ao solo, num quase plágio descarado.

Se você não gosta do The White Stripes, ou não gostava, assim como eu, acho que essa é a sua última chance.


Desnecessário qualquer elogio ou tentativa de convencimento sobre a qualidade do álbum. Baixem e depois comprem!


INDICADÍSSIMO!


Bruno Eduardo
PLAY 444
ARCADE FIRE – Neon Bible XX

Como um cara antenado que sou, sempre fico atento a qualquer borbulha de ansiedade crítica para com qualquer disco, banda, show, música, acontecimento. E fiquei surpreso com a aclamação de Neon Bible da banda Arcade Fire. Que no caso, é o disco em questão.

Cheguei a fazer um levantamento de tudo o que foi escrito a respeito deste trabalho, de cada nota dada, de cada adjetivo colocado. Pois bem, uma vez eu ouvi falar, que o crítico tem a função de expor a sua opinião com isenção. E se tem uma coisa que eu prezo, é o meu ponto-de-vista.

Me preparei e decidi ouvir este álbum num dia ensolarado e na parte da manhã, completamente isento de qualquer problema que afetasse o meu humor.

De cara, cheguei a conclusão que o trabalho é pretensioso. Não é por menos, trata-se do Arcade Fire, considerado por muitos como os novos gênios do rock moderno. Desde Funeral, disco anterior, eles já vinham carregando esse tapete vermelho. E certos de que poderiam ser mesmo isso tudo, fizeram um trabalho pra lá de introspectivo. Atitude essa, que o The Flaming Lips ou o Radiohead, adotam há anos.

Não se pode negar que a banda é corajosa, que explicita as suas características como poucos. Mas também é certo que o Acade Fire é banda de um público só. Em qual eu não devo fazer parte.

Certamente após fazer essa resenha, eu me considero a ovelha negra perante meus colegas, formadores de opinião. E na lógica, eles devem ter a razão, por serem a maioria esmagadora. Mas como eu disse anteriormente: Se tem uma coisa que eu prezo é o meu ponto-de-vista, que pode ser meio cego é verdade, mas é meu.

Talvez eu devesse ter escutado este disco antes de dormir, quiçá esse texto fosse completamente diferente...

Bruno Eduardo
PLAY 444
ARCTIC MONKEYS - Favourite Worst Nightmare XXXX

Como que temendo que seus quinze minutos acabassem, os hypados Arctic Monkeys decidiram lançar Favourite Worst Nightmare apenas um ano após o seu debut Whatever People Say I Am, That's What I'm Not chegar às lojas britânicas. Entretanto, se depender apenas da qualidade da música feita pelo quarteto, os tais 15 minutos terão que ser prorrogados. Brianstorm abre o disco com uma verdadeira tempestade de barulho. A música, forte, rápida e mais pesada do que qualquer outra dos Monkeys, é a abertura perfeita para Favourite Worst Nightmare. Teddy Picker mantém o nível, com sua base repetida e guitarras que revelam influencias de Queens Of The Stone Age.

A partir da terceira música, a mão do produtor James Ford começa a aparecer, dando o tom geral do álbum: guitarras mais limpas, voz e baixo lá em cima, realçado o lado mais funky da banda. Algumas músicas lembram mais o rock dançante do Franz Ferdinand, do que a crueza do Libertines ou as guitarras dos Strokes, criando um disco menos sujo e urgente do que a estréia da banda. Os vocais quase falados de Alex Turner, porém, ainda estão presentes, assim como sua habilidade em escrever boas letras contando histórias do dia-a-dia da juventude britânica, que fazem do vocalista o verdadeiro raconteur de sua geração.

Também se destacam Flourescent Adolescent, que conta com ótima melodia, Only Ones Who Knows, a balada mais lenta e intimista da discografia da banda, e 505, que fecha Favourite Worst Nightmare com chave de ouro em um clima muito rock inglês.

Provavelmente os fãs mais rockeiros dos Monkeys, que gostam das guitarras sujas e da crueza de Whatever People Say... Ficarão um pouco desapontados, mas aqueles que gostam de um rock mais dançante não tem do que reclamar. De forma geral, pode-se dizer que a banda escapou com folga da maldição do segundo disco e parece que vai sobreviver ao hype. Tomara.

Léo Werneck
PLAY 444
Silverchair - Young Modern XXX
Daniel Johns não mudou só o cabelo e as roupas. Na nova fase do Silverchair, o mais recente álbum do trio australiano Young Modern, o quinto da carreira, anuncia algo bem diferente do que os fãs da banda estão acostumados a ver. E parece que os longos cinco anos em que não lançaram nada de novo, fizeram bem aos meninos.

Em Young Modern, os riffs de guitarra, as letras raivosas e depressivas e aquele quê grunge-teen-eu-odeio-o-mundo-e-quero-me-matar dos três primeiros álbuns parecem definitivamente serem coisas do passado. Em substituição, vemos os teclados e os arranjos de cordas darem o ritmo de praticamente todo o álbum. Para quem vem acompanhando o projeto paralelo de Johns, The Dissociatives, vai se sentir em casa com o novo trabalho.

Precisei ouvir apenas duas vezes o álbum para gostar de todas as músicas, umas mais, outras menos, porém, todas elas são bem diferentes entre si e do que o Silverchair fez até hoje. Young Modern Station abre o álbum. Claro que a guitarra não desaparece, pelo contrário, essa talvez seja uma das faixas mais rock do disco, mas o teclado está lá firme e forte e já dá indício de como será sua participação no resto do repertório.

Em seguida, vem o primeiro single do álbum, Straight Lines. A levada pop e é claro, os famigerados teclados, caracterizam bem a música. Quem ainda estava com dúvida da inovação dos australianos, logo a deixa de lado ao ouvir If You Keep Losing Sleep e Reflections Of A Sound, que mostram um brilhantismo orquestrado e ao mesmo tempo um clima meio cabaré.

Aliás, uma das mais gratas surpresas do álbum é a voz de Johns, mais clara, mais forte, mais flexível. Em If You Keep Losing Sleep, é possível ouvir em apenas três minutos e vinte segundos umas quatro músicas diferentes com vários timbres distintos.

Após passar por casamento e problemas de saúde, Johns volta com um Silverchair nitidamente enveredado para as suas preferências musicais. Apesar da aparente não-participação muito ativa do resto da banda, o Silverchair tem um grande mérito: consegue se reinventar a cada trabalho.
Carol L.
PLAY 444
TRAVIS – The Boy With No Name XXX

Eu costumo brincar entre os amigos que o Travis é a banda que o Coldplay sempre quis ser mas nunca conseguiu. Brincadeiras a parte, acredito bastante nessa premissa. Tudo que a banda de Chris Martin inventa de fazer, a banda de Fran Healy faz melhor. Sei que essa é uma maneira meio sensacionalista para começar uma resenha, mas foi isso que veio a cabeça quando ouvi “The Boy With No Name”, 5º quinto álbum do quarteto escocês, lançado esse ano.


O disco em questão dá uma revigorada e tanto no trabalho da banda depois do último trabalho “12 Memories”, que parecia mais um amontoado de idéias e lados b, bem abaixo da média. Cabe lembrar aqui que Fran Healy (vocal e guitarra), Andy Dunlop (guitarras), Doug Payne (baixo) e Neil Primrose (drums), foram responsáveis por canções do nível de Sing e Turn, além de um belíssimo disco intitulado “The Man Who” em 1999.


“The Boy With No Name” chega para botar o trem nos trilhos novamente e mostrar o que o Travis sabe fazer muito bem. O que seria? Canções com forte apelo pop, passeando entre o rock dos anos 60 e britpop dos 90, formando pequenos rocks e belas baladas em que os violões são a peça chave, deixando a suíte preparada para letras sobre amor, desilusão, esperança e paixões perdidas.


Pode passear pelas canções e deixar se levar por faixas como Selfish Jean, Closer, My Eyes, Colder, Big Chair ou Eyes Wide Open. E você vai repetindo o disco, repetindo, repetindo. Até a faixa escondida depois de New Amsterdam, que fecha a conta é bem legal. Chris Martin mais uma vez vai se morder de inveja, pois quando se trata de canções sentimentais, com violões e aquele clima de melancolia espalhado no ar o Travis mostra que ainda é o melhor produto existente no mercado.


Adriano Mello Costa
PLAY 444
OZZY OSBOURNE - Black Rain XXXX

Confesso que fiquei receoso antes de dar o PLAY.

Não é por menos. Quem vem acompanhando a vida pública desse artista poderia temer que Ozzy estivesse gagá, que Sharon pudesse ter tomado o lugar de Zack na guitarra, ou que na melhor das hipóteses, o disco viria a ser uma repetição do último trabalho dele, há Seis anos, o fraco Down to Earth.

Talvez por tanta expectativa negativa, a primeira impressão que eu tive ao ouvir a “porrada” Not going Away, é que estaria por vir, um dos melhores trabalhos de Ozzy nos últimos 15 anos. Impressão que vai ganhando força de faixa em faixa.

Através da máquina devastadora de Zack Wilde, Black Rain despeja decibéis satisfatórios a qualquer Headbanger que se preze. E isso mostra que a energia do vovô ainda está acima da média.

Em contra-partida, é de Black Rain uma das mais belas músicas compostas por ele, a balada Here for you, que vem recheada de pianos e melodias com a cara de Ozzy. E isso é um dos fatores mais positivos desse disco. Mesmo nos momentos mais pesados ou nos mais leves, Black Rain é Ozzy encarnado. Tudo ali lembra algum clássico, tudo parece ter sido tirado de seus discos mais respeitados, nem que seja numa melodia vocal, ou num acorde de guitarra.

Lógico que reconheço a minha incapacidade de cheirar sucesso, se esse disco vai vender milhões, se vai ser tão popular quanto os anteriores e etc... Mesmo porquê, os discos de Ozzy, sempre conseguem um ar mitológico acima da própria música neles contidas. Foi assim com Blizzard of Oz, foi assim com No More Tears. Mas que Black Rain não deve nada ao já consagrado, Ozzmosis, isso é tão certo quanto dois e dois são quatro.


Bruno Eduardo

12.7.07

THE KILLERS Eles estão chegando...

Eles não se tornaram o maior grupo do mundo, como pretendiam após o último disco, mas o Killers segue como um dos nomes mais comentados do pop nos dias de hoje. E também um dos mais esperados aqui no Brasil, com o anúncio da vinda em breve do grupo de Las Vegas ao país.

Em entrevista coletiva a um grupo de jornalistas brasileiros durante o Roskilde Festival, na Dinamarca, o vocalista do The Killers, Brandon Flowers, comentou a turnê no final de outubro, quando a banda se apresenta no Rio de Janeiro (27), em São Paulo (28) e Curitiba (31), dentro do Tim Festival.

Banda que ficou identificada com os sons dos anos 80, depois do grande sucesso de canções como "Somebody told me", o Killers tentou um vôo mais alto ao lançar o disco "Sam's town", com arranjos mais trabalhados e letras bastante sérias, em um resultado que dividiu opiniões. Eu particularmente, acho um dos melhores discos da nova década.

Por sorte, conseguimos uma exclusiva com o vocalista do grupo, Brandon Flowers, que bateu um papo com nossos colaboradoes no intervalo de uma apresentação.

Mas simpático e acessível na entrevista, Flowers não comprovou a imagem de pretensioso que transparece para o mundo, apesar de dizer que gostaria de se tornar um líder, como John Lennon ou Bob Dylan.

Sobre o Brasil, ele afirma que não sabe muita coisa. Mas tem certeza que isso irá mudar após os shows que a banda fará por aqui em outubro. Postos como o carro-chefe do Tim Festival, o Killers trará pela primeira vez ao país, o seu rock dançante cheio de sintetizadores. Uma fórmula que chegou a ser vista em meados dos anos 80, e que hoje volta na carona da banda.


Leia a seguir as respostas que Brandon Flowers deu aos nossos colegas.

Recentemente houve um boato de que você chegou a morar no Brasil em 2000. Isso tem algum fundo de verdade?
Flowers - [Risos] Não, eu nunca estive no Brasil. Eu sonho com isso. Eu gostaria de ir à América do Sul em geral. O meu irmão passou um tempo no Chile. Estou muito empolgado para ir até lá em outubro.

Que tipo de imagem você tem em mente quando pensa no Brasil?
Flowers - A minha imagem é mais sexual. Isso é tudo que a gente recebe de informação. Não quero dizer que eu vou para lá para fazer sexo, mas sim que é um lugar onde há um forte apelo sexual... Que mais? Bem, tem um show incrível que o Pet Shop Boys fez no Rio de Janeiro...

Quando vocês estão em países como o Brasil, sobre os quais vocês não sabem muito, dá tempo de conhecer um pouco da cultura ou é apenas mais um show?
Flowers - Eu acho que no Brasil nós vamos ter algum tempo para aproveitar e conhecer mais. Eu adoro experimentar novas comidas. Meu estômago é forte... [risos]. Estou realmente muito empolgado! Há muitas pessoas da América do Sul que vivem nos Estados Unidos e, na minha opinião, estes são os povos mais amistosos do mundo. Fico muito feliz de saber que o Killers vai tocar lá.

Neste fim de semana aconteceu o Live Earth. O que você acha dessa história de que o rock pode ajudar a mudar o mundo?
Flowers - Sim, eu acho que pode mudar. Eu acredito que pelo menos o fato de unir tantas pessoas ao redor do planeta já é importante. Você pode ser um artista, pode ser um religioso, mas é obrigação de todos cuidar da Terra. Atualmente não há tantos líderes como havia nos anos 60. Não há John Lennons, não há Bob Dylans... Bono é a melhor coisa que nós temos. Ele faz tudo que está a seu alcance e isso é bom...

Mas por que você acha que não existem mais esses líderes? Por que as pessoas não estão se importando tanto com essas questões, por que a diversão importa mais...
Flowers - Justamente por causa de John Lennon e Bob Dylan. A gente colocou esses ídolos em um nível tão alto, que ninguém tem o direito – eu não tenho – de puxar essas questões para si. Se eu fizer, as pessoas vão me tirar de lá. Os jornalistas vão perguntar “quem esse cara está achando que é? Ele acha que é o John Lennon? Ele acha que é o Bob Dylan?”. Então não mais há lugar para novas pessoas neste altar.

Mas você gostaria de estar lá?
Flowers - Sim, seria legal. Eu acho que seria algo muito positivo, mas ninguém vai permitir que isso aconteça.

Vocês formam uma banda que já nasceu na era da internet. Quando vocês começaram a tocar já existia download em todos os lugares e talvez você mesmo deva fazer downloads, para conhecer novos artistas etc... Como você lida com isso hoje em dia, sabendo que alguém pode simplesmente querer ouvir sua música e não pagar por isso?
Flowers - É frustrante [risos]. Eu já baixei algumas coisas... Não quero me defender, mas talvez fizesse aquilo só para conhecer e compraria o álbum se realmente gostasse do som. Seria a primeira pessoa a querer abrir o encarte e ver as fotos. Eu ainda tenho esse fã dentro de mim.

E o que você acha sobre o clima que existe nestes festivais europeus como o Roskilde?
Flowers - É legal. É como se fosse um Natal pra essas pessoas. Para mim... Bem, eu não vou dizer que é como se fosse apenas mais um show, mas essa é a forma como eu devo tentar me relacionar com isso tudo, porque eu ainda estou aprendendo muito sobre como é atuar em um palco. Ainda não é uma coisa natural para mim, mas eu continuo me esforçando para que seja.

Como você avalia sua evolução ao longo desses cinco anos à frente do grupo?
Flowers - Eu queria me sentir mais confiante. Acho que estou melhorando. Assisti alguns trechos das nossas recentes apresentações no festival de Glastonbury [Inglaterra] e em um show que fizemos na Noruega. Ainda preciso melhorar, não me sinto muito confiante. Eu ainda não pareço com o Freddie Mercury [risos].

Por Bruno Maia

6.7.07

NÃO BAIXE! COMPRE!
Listas. Todo mundo tem a sua. E todo ano é publicada alguma lista de discos. Seja dos mais importantes aos piores. Nós da Rock Magazine, decidimos fazer a nossa. Como somos saudosistas, e apaixonados pelas obras - ou seja, gostamos de ter os discos em casa - pedimos para que os nossos colaboradores fizessem uma relação dos seus "queridinhos". Aqui estão os discos presentes no coração de quem faz parte de nossa publicação. E desde já, eles pedem: Não Baixe! COMPRE!
A
Accident Of Birth – BRUCE DICKINSON
Um álbum completo para os headbangers. Trouxe o verdadeiro Heavy Metal para a década de 90. E também contou com a volta de Bruce Dickinson e Adrian Smith (compondo como nos tempos de Iron Maiden). (Gustavo Marques)





A Lonely Man - THE CHI-LITES
Outro disco que me acompanha durante a vida. Foi por causa da canção Oh Girl, que ouvi numa trilha de novela da Globo em 1973, que entrei de cabeça no mundo da soul music. O gênio de Eugene Record como vocalista (ele era o tenor do grupo), como compositor e produtor musical aparece plenamente neste álbum. Um verdadeiro discípulo de Curtis Mayfield, trouxe a delicadeza para a soul music e para as rádio e vitrolas do mundo. (Zeca Azevedo)



American Idiot – GREEN DAY
A música, “Wake Me Up When September Ends” me faz lembrar meu pai, pois foi o mês que ele faleceu e a letra é toda pra mim. Sempre quis que alguém só me acordasse quando esse mês acabasse. “American Idiot” é perfeita, “Jesus of Suburbia” também é muito bem feita, completa, enfim... maravilhoso!!! (Ana Luiza Falcão)




Angel Dust – FAITH NO MORE
O exemplo perfeito do que uma banda deve fazer após um disco de sucesso, como foi o seu antecessor “The Real Thing”. O FNM simplesmente deu de ombros para a indústria e perpetrou um disco que tinha quase nada a ver com o pop bem estruturado do seu trabalho anterior: compassos quebrados, linhas complexas de baixo e teclados, guitarras estridentes e o vocalista Mike Patton se descobrindo como o melhor e mais versátil de sua geração, flutuando entre os berros guturais e a doçura de um cover dos “Commodores”. Atitude e integridade artística ao extremo!!!! (Douglas Moura)
B
Beggars Banquet – THE ROLLING STONES
Eu odiava Stones. Até ouvir Beggars Banquet. (Pedro Kurty)







Black Sabbath – BLACK SABBATH
Apesar de não ser considerado o melhor disco dessa grande banda, o seu álbum homônimo é um dos mais inovadores e influentes da história da música. Misturando rock com blues e abordando temas satânicos e místicos, o Black Sabbath criou um gênero musical que até hoje rende bons frutos: o heavy metal. Pesado, cru e sombrio, é impossível não sentir o sangue gelar ao ouvir a música “Black Sabbath” à noite sozinho em um quarto escuro. (Douglas Moura)

Quando ouvi pela primeira vez as trovoadas, eu tinha apenas 12 anos. Aqueles sinos e o barulho da chuva não foram tão assustadores quanto o som da guitarra de Iommi, abrindo o disco. Este é na minha opinião o melhor trabalho da melhor banda de Rock pesado da história. É um disco perfeito. Todo mundo aprendeu a gostar de rock pesado depois desse disco. Isso é um fato.
(Bruno Eduardo)


Foi aí que o metal começou, com a idéia simples de uma "banda de terror". The Warning tem um dos melhores solos de toda a carreira de Tony Iommi. (Pedro Kurty)

Blizzard Of Ozz – OZZY OSBOURNE
Não há uma pessoa que conheça Ozzy sem ter conhecido este álbum. Além de ter trazido ao mundo, um tal Randy Rhoads, que acabou morrendo de forma trágica. Ouça os solos de Mr. Crowley, Crazy Train e outros. (Gustavo Marques)





Bloco do Eu Sozinho – LOS HERMANOS
Eu não gostava de Los Hermanos até ouvir este disco. Bloco do eu sozinho comprova a arte desta banda. Com uma gravação impecável e um bom gosto inquestionável, os Los Hermanos foram além do que se podia esperar deles naquele momento. A banda, sedenta por mudança, criou uma obra de arte. As letras, a sonoridade, a identidade e principalmente o repertório, colocaram o disco num patamar acima do que se podia ouvir no Brasil, naquela época. Considerado por muitos como um dos melhores lançamentos dos anos 00, para mim, Bloco do eu sozinho está entre os melhores trabalhos de uma banda nacional, na história. (Bruno Eduardo)

Bloodsugarsexmagik - RED HOT CHILI PEPPERS
O disco mais sacana da banda, foi também o que mais rendeu cifras à eles. A magia dos RHCP está com "M" maiúsculo neste trabalho. As letras, a postura e o som dançante, fez deles, a banda mais divertida do momento. Petardos como "give it away" e "suck my kiss" fizeram a cabeça de uma molecada mais "descolada", e viraram os chicletes de todo um verão. Discaço. (Bruno Eduardo)



British Steel – JUDAS PRIEST
O clássico do Judas Priest. Cartilha para quem gosta do verdadeiro heavy metal. Aqui estão os hits mais conhecidos da banda. (Gustavo Marques)
C
Califórnia - MR. BUNGLE
Quando me apresentaram este CD, duvidaram que eu iria gostar. Enganaram-se completamente. Toda a loucura da banda fica bonita aqui, e Mike Patton, é simplesmente o Mike Patton né? (Adriana Vieira)





Chaos A.D. – SEPULTURA
Trabalho que consolida a banda brasileira como um dos expoentes do thrash metal mundial. Ao juntar elementos de músicas tribais africanas e indígenas (graças ao monstruoso baterista Igor Cavalera) com riffs mais pesados e menos rápidos que seus contemporâneos do Slayer, o Sepultura inovou o até então surrado cenário metaleiro mundial. Músicas como “Refuse/Resist”, “Territory” e “Biotech is Godzilla” mostravam toda a fúria desses nossos compatriotas e fizeram com que o Sepultura conquistasse com méritos seu lugar na história do rock mundial. (Douglas Moura)


Construção – CHICO BUARQUE
Chico Buarque parte da mesma insubordinação do rock pra fazer seus clássicos. Construção será sempre um disco muito mais transgressor do que muito metal extremo que ouvimos por aí. (Pedro Kurty)






Core - STONE TEMPLE PILOTS
Ótima banda, registrada na lista com o primeiro álbum. Uma pena a banda ter passado por muitos problemas e ter chegado ao fim. (Raphael Loureiro)
D
Desintegration – THE CURE
É a obra-prima gótica, perfeita para quem acha que Evanescence ou o Nightwish são os precurssores do gênero. É impossível ouvi-lo e não se deixar levar por sua atmosfera soturna e, como se isso não fosse suficiente, Robert Smith e sua trupe ainda nos brindam com uma das melhores canções para fazer amor de todos os tempos, “Lullaby” (experimentem, vale a pena MESMO!) (Luciano Cirne)

Doolittle – PIXIES

Falando neles, Frank Black e seus fiéis escudeiros são a prova cabal que, às vezes, os alunos podem sim superar os mestres. O ideal seria se eu citasse toda a discografia, mas acabei pinçando o "Doolittle" porque é realmente a maior quantidade de pérolas por metro quadrado já registrado: "Here Comes Your Man", "Debaser", "Monkey Gone to Heaven", "Wave of Mutilation"... está bom ou quer mais? (Luciano Cirne)

E
Elis - ELIS REGINA
Lista dos meus discos favoritos sem disco da Elis não existe (e nem vai existir). Eu poderia colocar aqui outros títulos da discografia da pimentinha, como Elis & Tom (um disco perfeito)ou o álbum que ela lançou em 1973, mas este aqui foi o disco que, lá nos anos 70, me abriu a cabeça para a história da música popular brasileira (por conta das gravações de Ary Barroso e Lupicínio). Repertório magnífico, performance vocal sublime, arranjos musicais originais e brilhantes: está tudo aqui. (Zeca Azevedo)
F
Fallen - EVANESCENCE
Tirando qualquer outra justificativa, não há como discordar que este disco teve o seu brilho na década atual. E trouxe o estrelato não só a banda, mas a já carismática Amy Lee. Odiado por muitos críticos, com esse trabalho o Evanescence arrebatou uma legião de fãs pelo mundo inteiro. (Adriana Viera)




Fly By Night - RUSH

Trabalho inicial da carreira desse super grupo. Disco marcado por um som pesado, sem o lado progressivo que marca a carreira do grupo. (Raphael Loureiro)

"Anthem" é uma das melhores faixas de abertura de toda a história do rock and roll. Depois disso, o disco se desenrola num primor da fórmula baixo+bateria+guitarra. E a firmeza da banda está toda neste disco. Sem muito experimentalismo, o Rush vai direto ao ponto. (Bruno Eduardo)

Fresh Fruit for Rotting Vegetables – DEAD KENNEDYS
Marco zero do hardcore californiano, o subversivo álbum de estréia do Dead Kennedys não perdeu nem um pouco do sua força, passados mais de 25 anos do seu lançamento. Músicas com melodias extremamente criativas (que provaram que punk não precisava ficar restrito a aquela limitada estética de 3 acordes) e letras ácidas que até hoje permanecem mais atuais do que nunca. (Luciano Cirne)




Frogstomp - SILVERCHAIR

Álbum de 1995 dos então “pirralhos” Silverchair. Conseguiram ficar famosos mundialmente com um som de qualidade e peso. (Raphael Loureiro)
G
Getting Away With Murderer - PAPA ROACH
Eu passei a gostar de Papa Roach após ouvir este disco. Esqueçam o Nu-metal, ou toda aquela baboseira do Rock in Rio 3. Este sim é o Papa Roach de verdade. (Adriana Vieira)





Grace – JEFF BUCKLEY
O disco me emociona demais e dá até um aperto no coração que um sujeito promissor desses tenha morrido tão cedo. O disco vai de Zeppelin a Edith Piaf sem nenhum esforço. (Pedro Kurty)






Greatest Hits - QUEEN
Ao receber as instruções para organizar a lista, havia uma cláusula que impedia a inclusão de álbuns “ao vivo” e “the best of”. Mas consegui convencer o Bruno a abrir uma exceção. Ao contrário da maioria dos discos coletâneas, este do Queen não tem como não entrar. É certamente a melhor compilação já lançada por uma banda em toda a história. E em apenas um CD. (Adriana Vieira)
H
Heroes - DAVID BOWIE
Esta é uma escolha muito pessoal. Bowie é um ídolo pra mim desde que eu vi pela primeira vez, em 1976, o vídeo de Life On Mars na TV. Eu poderia também ter escolhido outros discos do Bowie, como o Low ou o Hunky Dory, mas este é especial pra mim. Tive o privilégio de ouví-lo quando foi lançado. Este disco descortinou um novo mundo musical para mim ao me introduzir aos sons de Brian Eno e Robert Fripp, entre outros benefícios que me trouxe durante décadas. E a canção título é uma das melhores de todos os tempos em qualquer gênero ou idioma. (Zeca Azevedo)


Hocus Pocus – FOCUS


Quem nunca ouviu falar de Focus sem ter ouvido Hocus pocus? Sem duvida o melhor disco deles. Uma mistura de musica clássica e erudita ao som pesado do rock e outras loucuras onde só certos músicos gostam. Para muitos, Focus é loucura, para outros obra de arte. (Gustavo Marques)


Houses of the Holy – LED ZEPPELIN

O rock direto do Zeppelin se encontra com o pop, reggae e o lado sombrio de John Paul Jones. Tem a melhor dobradinha incial de um disco: The Song Remains the Same e Rain Song. (Pedro Kurty)

I
Ideologia - CAZUZA

Não tem como não constar um disco de Cazuza numa lista que se preze. Independente de todas as lendas e antipatias, aqui está o ídolo encarnado até o último fio de cabelo. (Adriana Viera)





Innervisions - STEVIE WONDER
Este aqui não pode faltar na minha vida e na sua casa. A genialidade de Stevie Wonder aparece aqui em sua plenitude. Não é apenas um disco de canções bonitas e idéias musicais inovadoras: é um disco arrebatador, inteligente e altamente emocional, que mexe com nossa visão de mundo enquando nos faz dançar e sonhar. Stevie Wonder foi o meu primeiro « ídolo » musical e meu amor por sua música não se esgota nunca. (Zeca Azevedo)



It's a Shame About Ray – LEMONHEADS
É, o Lemonheads. Alguns poderão achar que essa banda não é tão digna de estar aqui, mas quem for por essa linha de raciocínio certamente não ouviu "It's a Shame About Ray", obra-prima do pop rock, repleta de melodias simples e gostosas capazes de fazer com que até mesmo o cara mais durão abra um sorriso. (Luciano Cirne)
K
King For a Day Fool For a Lifetime – FAITH NO MORE
Toda loucura da banda e a esquizofrenia de Mike Patton, estão aqui em maior peso. Um dos discos mais ecléticos da história do Rock. E isso só foi possível pela diversidade vocal do Patton, e a capacidade inventiva desta banda. (Bruno Eduardo)

O álbum mais pesado e completo do FNM. Levando todo tipo de estilo musical e que vinha forjado com a melhor interpretação de Mike Patton, que estava em sua melhor fase. Um disco a ser ouvido várias vezes para a vida. (Gustavo Marques)
L
Led Zeppelin II -LED ZEPPELIN
Aprendi a gostar de rock ouvindo esse disco quando era pequeno. Álbum de 1969, uma mistura de rock com blues. O rock mudou a partir dele.
(Raphael Loureiro)






Licensed To Ill – BEASTIE BOYS
Três branquelos judeus fazendo rap-hardcore?!? Whathefuck?!?!? Pois é, esse foi o tipo de reação que o Beastie Boys causou no seu disco de estréia. Com batidas empolgantes, rimas escabrosas e hardcores “podreiras” no melhor estilo Bad Brains, a banda conseguiu driblar a desconfiança de crítica e público (principalmente o negro norte-americano, que não aceitava alguém de fora dos guetos no seu “território hip-hop”) e se consolidou como uma das maiores bandas da década de 80 ao ser o primeiro grupo de rap a ter um disco em 1º lugar na parada Billboard. (Douglas Moura)
M
Machine Head - DEEP PURPLE
Para quem curte rock, a banda deep purple constrói um álbum para não se esquecer. Para muitos fãs da banda, ele é citado como o melhor disco da carreira. Se você gosta de rock e nunca ouviu este álbum, certamente não sabe o que está perdendo. (Gustavo Marques)

A faixa de abertura, já vale o disco inteiro. O que vem depois é apenas a constatação da obra. Essencial para qualquer um que jura gostar de rock. (Bruno Eduardo)



Meddle – PINK FLOYD
Nada de refrões, poucos versos e poucas faixas. Esse disco é uma obra de arte. Cada detalhe é uma riqueza escondida. O Pink Floyd foi longe demais aqui. É um trabalho assustador. Se não disser, épico. (Bruno Eduardo)

O progressivo só se tornou tão chato porque não ouviram Echoes o suficiente. (Pedro Kurty)




Metallica - METALLICA
Marcou o Metallica com os maiores sucessos da banda na minha opinião e na de muitos. (Raphael Loureiro)


Metallica sempre foi muito marcante na minha formação musical, escutem este cd, a vida de vocês vai mudar, para melhor claro. (Ana Luiza Falcão)




Mezmerize - SYSTEM OF A DOWN
Na verdade, este disco se chama Mezmerize/hypnotize, pois nada mais é do que um disco duplo com nomes diferentes, lançado em 2005. Pode ser considerado um único álbum, tamanha a coesão do trabalho. (Raphael Loureiro)



Esse disco foi um estouro. BYOB veio como um tanque de guerra, pasando por cima de todo mainstream. Aqui o SOAD "chutou o balde", eles dominaram o mundo de vez. O Vanguardismo do Mr.Bungle com a porradaria de um Slayer estava explícito neste trabalho. Foi o melhor disco deles, musicalmente falando. Ou melhor, foram os melhores, pois é um disco em duas edições. Hypnotize é meu predileto. (Bruno Eduardo)


Morning View -INCUBUS
Melhor disco da banda. Foi paixão a primeira escuta. Ficou no cd player do carro até ser roubado junto com o aparelho, uma das melhores bandas do novo milênio. (Raphael Loureiro)


Um disco viciante, de uma banda que me viciou. É a melhor fase deles, certamente. (Adriana Vieira)